quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

o que aconteceu com os condenados no mensalão?

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil

Ex-ministro da Casa Civil do primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, apontado como o comandante do mensalão, foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares.



José Genoino, ex-presidente do PT


O ex-presidente do PT José Genoino foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares.



Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares



Deputado João Paulo Cunha (PT-SP)

O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (uso de cargo público para prática de desvios). Ele mandou a mulher sacar R$ 50 mil na agência do Banco Rural, dinheiro que, segundo os ministros, foi pago como propina pelo empresário Marcos Valério. Por conta da condenação, o deputado desistiu da sua candidatura à Prefeitura de Osasco (Grande São Paulo).

Marcos Valério, empresário e publicitário

O empresário e publicitário, apontado como o operador do mensalão, foi condenado por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Os crimes estão ligados aos contratos de suas empresas (DNA, SMP&B e Grafitti) com o Banco do Brasil e a Câmara, além dos empréstimos fraudulentos junto ao Banco Rural e dos saques realizados de forma a esconder os verdadeiros beneficiários dos valores.

Cristiano de Mello Paz, ex-sócio de Marcos Valério

Paz foi condenado por corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele foi inocentado de evasão de divisas. Teria atuado junto com Valério e enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria também um dos responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares.
 

Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério

Condenado por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Foi acusado de participar da negociação dos empréstimos e dos contratos de Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados.

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil

O ex-diretor é condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de ter desviado recursos de um contrato entre a agência de Marcos Valério e o banco no montante de R$ 2,9 milhões. De acordo com a Procuradoria, Pizzolato teria recebido R$ 326 mil por beneficiar os publicitários. Além de ex-diretor do BB, Pizzolato é petista desde a década de 80.

Rogério Tolentino, advogado e ex-sócio de Marcos Valério

Tolentino é condenado por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele foi acusado de retirar valores de empréstimos simulados, entre eles um de R$ 410 mil. Seria um dos responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares.

Simone Vasconcelos, ex-gerente da SMP&B

A ex-gerente da empresa de Marcos Valério foi condenada por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção ativa e evasão de divisas. Ela teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria ainda uma das responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares da base aliada.

Vinícius Samarane, vice-presidente do Banco Rural

O ex-diretor e atual vice-presidente do Banco Rural foi condenado por lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, absolvido de evasão de divisas e está com o caso empatado para formação de quadrilha. Ele deixou de comunicar às autoridades sobre os saques suspeitos das empresas de Marcos Valério e as irregularidades nos empréstimos concedidos pelo banco. Junto a outros três réus, é acusado de ter disponibilizado ao esquema do mensalão R$ 32 milhões.

José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural

O ex-vice-presidente operacional do Banco Rural é condenado por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, formação de quadrilha e evasão de divisas. Ele teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido um dos responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada pelo publicitário Duda Mendonça. Junto a outros três réus, é acusado de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões.

Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural

A ex-presidente do Banco Rural é condenada por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, formação de quadrilha e evasão de divisas. Ela teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido uma das responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada por Duda Mendonça. Junto a outros três réus do banco, é acusada de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões.

Roberto Jefferson, deputado cassado (PTB-RJ)

Delator do mensalão, o deputado cassado e atual presidente licenciado do PTB foi condenado por corrupção passiva por ter recebido dinheiro para apoiar o governo do PT -- e por lavagem de dinheiro. Segundo Jefferson, o valor total do acordo entre PTB e PT era de R$ 20 milhões, mas apenas R$ 4,5 milhões foram repassados ao seu partido.

Deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP)

O atual deputado federal era presidente do PL (atual PR) e líder da bancada do partido na Câmara do Deputados. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e ainda está em empate a acusação sobre formação de quadrilha. Ele teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Os ministros do Supremo concordaram com a tese da Procuradoria de que Costa Neto e o PL receberam R$ 10,8 milhões das empresas de Valério.

Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL

Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (atual PR) foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a acusação de formação de quadrilha está empatada. Ele teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Junto com os réus Valdemar Costa Neto e Antônio Lamas, que foi absolvido do processo, teria recebido cerca de R$ 11 milhões de propina.

Pedro Corrêa, deputado cassado (PP-PE)

O ex-deputado federal foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

João Cláudio Genú, ex-assessor do PP na Câmara

Ex-assessor do PP na Câmara, Genú foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Seria o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina.

José Borba, ex-deputado (ex-PMDB-PR)

O ex-deputado pelo PMDB foi condenado por corrupção passiva e a acusação de lavagem de dinheiro está empatada. Ele se desfiliou do partido em 2007 e hoje é prefeito de Jandaia do Sul (PR), pelo PP. Na época, teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B e recebido R$ 200 mil para votar a favor de matérias do interesse do governo.

Romeu Queiroz, ex-deputado (PTB-MG)

O ex-deputado foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria viabilizado pagamento de R$ 4,5 milhões para Roberto Jefferson votar a favor de matérias do interesse do governo Lula. Teria recebido, em proveito próprio, quantia de R$ 102 mil.

Carlos Alberto Rodrigues, ex-deputado (PL-RJ)

Conhecido na época do mensalão como Bispo Rodrigues, o ex-deputado do PL, atual PR, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 150 mil para votar em reformas de interesse do governo federal.

Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval

Doleiro e ex-sócio da corretora Bônus-Banval, Quadrado foi condenado por lavagem de dinheiro e por formação de quadrilha. Ele teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o PP, um dos partidos que teria recebido dinheiro do esquema do mensalão.

Breno Fischberg, ex-sócio da Bônus-Banval

Breno Fischberg, ex-sócio de Quadrado na corretora Bônus-Banval, foi condenado pelo STF por lavagem de dinheiro e absolvido da acusação de formação de quadrilha.


Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB

Ex-tesoureiro do PTB, Palmieri foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O valor total do acordo entre PTB e PT era de R$ 20 milhões, mas apenas R$ 4,5 milhões foram repassados ao PTB, segundo afirmou Roberto Jefferson.

Pedro Henry (PP-MT)

O atual deputado federal Pedro Henry foi condenado pelo Supremo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas foi absolvido da imputação de formação de quadrilha. Teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal.

Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros


A última vez que Renan Calheiros foi Presidente do Senado, em 2007, ele teve que renunciar após sérias denúncias de que um lobista pagava suas despesas pessoais, paralisando o Senado por meses. A denúncia agora é que para se defender daquelas acusações ele apresentou notas falsas. Após a aprovação da lei da Ficha Limpa e do julgamento do Mensalão o país precisa deixar claro que não aceita mais que a moralidade pública fique em segundo plano.

Vamos conseguir 1.360.000* assinaturas (1% do eleitorado nacional), levar esta petição para o Congresso e exigir que os Senadores escutem a voz do povo que os elegeu.

Segundo nossa Contituição“A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles”.

Infelizmente essa ferramenta popular foi criada apenas para propor leis e com requisitos tão complexos que quase ninguém consegue fazer uso dela. Mas se 1.360.000 se juntarem a nós, poderemos causar um rebuliço na mídia, desafiar as restrições desta Iniciativa popular e exigir a revogação do presidente do Senado, Renan Calheiros. Vamos usar o poder do povo agora para exigir um Senado limpo.
ASSINEM: Fonte Avaaz
http://www.avaaz.org/po/petition/Impeachment_do_Presidente_do_Senado_Renan_Calheiros/?cpolXdb 

Governo federal gasta R$ 59,6 milhões com cartão corporativo em 2012

06/02/2013

As despesas com o cartão de pagamentos do governo federal, também conhecido como cartão corporativo, atingiram R$ 59,6 milhões no ano passado. O valor foi semelhante aos pagamentos efetuados em 2011, quando R$ 58,7 milhões foram desembolsados. Em dez anos, o governo federal destinou R$ 476 milhões para pagamentos efetuados com os cartões que, em regra, só deveriam ser usados em despesas excepcionais ou de pequeno vulto. O maior gasto ocorreu no último ano do governo Lula, em 2010, quando R$ 80 milhões foram desembolsados com os cartões.
A Presidência da República foi o órgão que mais utilizou os cartões corporativos em 2012. Ao todo foram gastos R$ 17,7 milhões, dos quais R$ 17,1 milhões destinados a gastos secretos. A grande responsável pelos dispêndios sigilosos da Pasta é a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que ao todo utilizou R$ 11,8 milhões com esse tipo de despesa. O valor, que representa 20% de toda a verba utilizada através dos cartões, foi desembolsado de forma sigilosa para, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), garantir a segurança da sociedade e do Estado. No ano passado, R$ 11,3 milhões foram gastos de maneira secreta pela Abin.
A prática de não discriminar os gastos é comum. Dos R$ 59,6 milhões gastos em 2012, cerca de R$ 28 milhões foram desembolsados de forma secreta. O total representa 47% dos pagamentos realizados por meio dos cartões de pagamento e é menor do que os R$ 29,9 milhões de 2011.
Logo atrás da Presidência, o Ministério da Justiça foi o segundo órgão que mais fez uso dos cartões corporativos. Ao todo, cerca de R$ 11 milhões foram gastos pela Pasta, 96,4% (R$ 10,6 milhões) em gastos sigilosos. Completam o ranking geral, o Ministério da Educação - com R$ 5,9 milhões pagos com cartões de pagamento e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - que gastou R$ 5,1 milhões em 2012.
Tendo como base os gastos por portador, o servidor que ocupa a primeira posição é Samuel Lobo Maia que pagou R$ 104 mil em serviços com o cartão corporativo. O funcionário trabalha na unidade gestora do Distrito Sanitespindigena, em Pernambuco, vinculado ao Ministério da Saúde. Os recursos são do Fundo Nacional de Saúde.
Em segundo lugar está Antonio Bernardino Braga, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, vinculada ao Ministério das Cidades. Ele fez uso de R$ 71,3 mil para despesas variadas de materiais de construção e elétricos, como também materias de escritório. As compras mais altas realizadas foram de R$ 680 na Port Papelaria Escritório e Informática e de R$ 605 na Eletrônica Santa Efigênia.
Seguidamente, o servidor Ivan da Silva Maia da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vinculado ao Ministério de Planejamento e Gestão fez uso de R$ 70,6 mil da verba pública pelo cartão corporativo. Suas despesas estão majoritariamente concentradas em postos de combustível, hotéis e saques. Sendo que quando saques são realizados, não é disponibilizado no sistema a razão social do gasto, então não é possível saber em que o dinheiro foi aplicado.
Veja os gastos aqui: www.portaldatransparencia.gov.br
Controle
De acordo com recomendações da CGU, os servidores que utilizam o cartão devem se pautar pelos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O cartão substitui a modalidade de gasto chamada suprimento de fundos. Nela, um adiantamento é concedido ao servidor, a critério e sob a responsabilidade da figura do controlador de despesas em cada instituição. Há um prazo estipulado para a aplicação e a comprovação dos gastos, mas não há um controle na internet como ocorre com os cartões.
Além do controle interno, o Tribunal de Contas da União (TCU) também atua na fiscalização destes gastos. Entre as irregularidades já identificadas pelo tribunal estão a aquisição de material permanente e os pagamentos de gratificações a informantes e colaboradores.
O escândalo dos cartões corporativos
O sistema de pagamento foi criado em 2001, no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, com a intenção de proporcionar mais agilidade, controle e modernidade na gestão de recursos. Pela lei, a utilização dos cartões não é regra e os gastos devem ser enquadrados como despesas excepcionais ou de pequeno vulto.
Em 2008, o uso de cartões de pagamento pelo governo federal ganhou as manchetes brasileiras após denúncias de uso indevido do “dinheiro de plástico”. As suspeitas resultaram em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Sob críticas da oposição, a CPI dos Cartões Corporativos isentou todos os ministros do governo Lula acusados de irregularidades no uso dos cartões.
O caso, entretanto, provocou a queda da então ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$ 171 mil. Desse total, a ex-ministra gastou R$ 5 mil em restaurantes e R$ 461 em um free shop.
No ano do escândalo, o governo alterou as regras para o uso de cartões, para evitar a utilização da folha de pagamento com gastos pessoais. A Controladoria Geral da União lançou ainda um manual orientando os servidores sobre como usar o cartão corporativo.
Fonte:Marina Dutra
Do Contas Abertas